Maputo — O ciclone Idai, que atingiu parte do sudeste da África entre 14 e 15 de março, já deixou mais de 800 mortos em três países, com Moçambique como principal afetado com quase 600 vítimas mortais, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira.
As autoridades moçambicanas e as equipes de resgate recuperaram 80 novos corpos no centro de Moçambique, a zona mais afetada por Idai, o que eleva o número de mortos para 598 no país, segundo indicou o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC).
Somados os 181 mortos que Idai deixou no Zimbábue e os 59 no Malawi (de acordo com dados da ONU), o balanço total de vítimas mortais após a passagem deste ciclone tropical pelo sudeste da África chega a 833.
Além dos trabalhos de assistência para facilitar comida e abrigo às mais de 950 mil pessoas afetadas nas províncias moçambicanas de Sofala, Manica, Zambézia e Tete, as autoridades tem que lidar com doenças como o cólera, que já teve 1.304 casos confirmados até o momento, dos quais 949 já receberam alta, e um morto.
“Desde 27 de março e até 31, registramos na cidade de Beira (uma das principais afetadas), 959 internações, com 870 altas e um morto. No distrito de Nhamatanda registramos nesse mesmo período 87 internações, 79 altas e nenhum morto”, informou o diretor nacional de Assistência Médica de Moçambique, Ussene Isse, em declarações aos veículos de imprensa.