Os estudos em Nefrologia têm feito o possível para diminuir o impacto da diálise nos pacientes com insuficiência renal crônica. Uma das mais recentes formas de tratamento é a hemodiafiltração, que promove uma limpeza maior de moléculas médias do que uma hemodiálise convencional. Um levantamento realizado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), no segundo semestre do ano passado, apontou 8.325 pacientes em hemodiálise na Bahia, sendo 7.196 pelo SUS.
“É comprovado cientificamente que a hemodiafiltração reduz as internações e mortalidade dos pacientes em diálise. O paciente adquire uma melhor qualidade de vida”, afirma o nefrologista José Moura Neto, do Grupo CSB de Nefrologia & Diálise. Com relação ao número de internações, mais de 19 mil pacientes precisaram de ajuda médica especializada nos últimos dois anos, sendo 10.245 em 2017 e 8.881 em 2018.
“O procedimento é indicado para todos os pacientes quando os rins perdem a capacidade de filtrar as toxinas do sangue, mas por ter um custo mais elevado ainda não é acessível a todos”, esclarece o médico. Na hemodiafiltração o material utilizado é descartável. Na diálise comum, o kit pode ser utilizado 20 vezes. O Grupo foi responsável pela primeira hemodiafiltração no estado da Bahia.
“O Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não libera o uso da máquina para seus pacientes, mas com relatório médico já temos conseguido liberação dos planos de saúde”, explica José Moura Neto.
Desmineralização óssea, anemia e hipertensão arterial estão entre os problemas mais graves enfrentados por quem precisa aguardar por um transplante renal. A hemodiafiltração permite uma dieta menos restritiva, além de minimizar o impacto da diálise na saúde global dos pacientes tornando-se a opção mais próxima do funcionamento de um rim humano.
O procedimento é igual à diálise normal e pode ser realizado de três a seis vezes por semana, com sessões com duração em torno de quatro horas.
