O jornalista Glenn Greenwald e mais seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal, em Brasília, por crimes relacionados à invasão de celulares de autoridades brasileiras. Entre as vítimas está o advogado baiano e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), André Godinho. Porém, não há informações sobre se o conteúdo produzido por Godinho veio a público.
De acordo com o MPF, os acusados vão responder por prática de organização criminosa, lavagem de dinheiro e interceptações telefônicas.
Para os procuradores, provas coletadas na investigação demonstram que Glenn auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasões.
A denúncia, feita no âmbito da Operação Spoofing, é assinada pelo procurador da República Wellington Divino de Oliveira, que relata que a organização criminosa executava crimes cibernéticos por meio de três frentes: fraudes bancárias, invasão de dispositivos informáticos (como, por exemplo, celulares) e lavagem de dinheiro.
Além de Glenn, outras seis pessoas também foram denunciadas. Segundo o MPF, Walter Delgatti Netto e Thiago Eliezer Martins Santos atuavam como mentores e líderes do grupo. Danilo Cristiano Marques era “testa-de-ferro” de Walter, proporcionando meios materiais para que o líder executasse os crimes.
O MPF também aponta Gustavo Henrique Elias Santos como programador, que teria desenvolvido técnicas para permitir a invasão do Telegram e as fraudes bancárias. Suelen Oliveira, esposa de Gustavo, agia como laranja e “recrutava” nomes para participarem das falcatruas. E, por fim, Luiz Molição seria responsável por invadir terminais informáticos, ela também aconselhava Walter sobre condutas que deveriam ser adotadas e foi porta-voz do grupo nas conversas com Greenwald.