O secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, ironizou em entrevista ao Informe Baiano nesta quarta (15) as críticas feitas pelo vereador Toinho Carolino (PTN), que acusou a Prefeitura de Salvador de não fiscalizar os ônibus.
“Com certeza deve está se referindo aos ônibus metropolitanos geridos pelo Governo do Estado, que entram todos os dias em Salvador caindo aos pedaços”.
O gestor disse também que 1.100 veículos das empresas BTN, Verde Mar, Expresso Metropolitano e Dois de Julho circulam na capital sem o programa “Domingo é Meia” e o aplicativo Cittamobi. Os coletivos são oriundos das cidades da região Metropolitana de Salvador, a exemplo de Lauro de Freitas, Simões Filho, Camaçari e Candeias.
Carolino, por sua vez, cobrou uma posição de José Augusto Evangelista, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Público de Salvador (Setps).
“Se houve aumento tarifário, seria bom que o presidente do Setps passasse a exigir mais das empresas que, antes da licitação, prometeram veículos novos com ar condicionado. Mas até agora, ninguém falou dessa frota equipada”. “São carros velhos, sujos e desconfortáveis”.
O edil afirmou ainda que “trinta centavos a mais fazem muita falta no bolso. Tem soteropolitano abdicando de comprar um pão para pagar a passagem e outros que andam quilômetros até à escola ou em busca de emprego porque não têm como bancar esse custo”.
Pesquisa recente realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) aponta que Salvador tem o oitavo pior transporte público do país. Atualmente, a frota tem apenas 2,6 mil ônibus para atender 163 bairros em uma cidade com quase 3 milhões de habitantes.