Presidente de Honra do MDB, Lúcio Vieira Lima falou com o Informe Baiano, nesta quinta-feira (20/01), sobre as eleições que acontecem em outubro. A disputa esse ano será para presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Para o Governo da Bahia, três pré-candidatos surgem como favoritos: ACM Neto (ex-prefeito de Salvador), Jaques Wagner (senador e ex-governador) e João Roma (ministro da Cidadania).
O ex-deputado federal acredita que a variedade de candidaturas ao Executivo “é importante e bom porque dá mais opção para o povo examinar, ouvir, ponderar e escolher o que seja melhor”.
Em relação ao apoio do MDB baiano, afirmou que “o partido passa por um processo de decisão e será levado em conta o projeto que será melhor para a eleição da nossa chapa proporcional”.
Além disso, sustenta Lúcio, “vamos apoiar o candidato que tiver a capacidade de formular um bom programa e também a capacidade de executar, pois não adianta ter boa capacidade gerencial e não ter um bom projeto. E vice versa”.
Lúcio disse também que “não abrimos mão de contribuir com o programa de governo através de propostas”.
“Nós temos um grupo de trabalho que está sendo comandado por Juvenal Maynard e professores universitários. Vamos apresentar alguns pontos como colaboração no programa de governo”, ponderou.
O líder do MDB também revelou que a legenda quer ocupar uma posição em chapa majoritária, seja para senador ou para vice-governador.
“Há uma indefinição de todas as chapas majoritárias. Então, nós colocaremos o desejo que o MDB venha ocupar uma posição. O MDB pode apresentar nomes iguais ou até melhores do que estão aí”, acrescenta.
O político também opinou sobre a influência nacional na disputa estadual.
“Não tenho dúvida que o nacional influencia no estadual, principalmente para o governo. O que tem que se esperar é: qual é o grau de influência que terá? Esse grau de influência será suficiente para levar um candidato a vitória ou não será suficiente?”, questionou em referência a Lula (PT), que deve alavancar a candidatura do colega de partido, Wagner, segundo as últimas pesquisas de opinião.
Sobre a chamada terceira via, que tem nomes como os presidenciáveis Ciro Gomes, Sérgio Moro e João Dória, considera “impossível decolar, pois já está polarizada a eleição entre o presidente Lula e Bolsonaro”.
“Não tem como entrar no meio dessas duas candidaturas. Lula vai dizer como vai mudar esse cenário atual e vai mostrar como vai mudar, pois ele já fez. E por outro lado vai ter um discurso de ser contra o PT”, sentenciou.
“O Brasil está frágil no que diz respeito a formar novas lideranças. Aí você diz: ‘o povo não quer nem um e nem outro, quer uma terceira via’. Mas tudo se complica quando vai buscar o nome dessa terceira via. Você não tem mais uma OAB participativa, uma ABI, você não tem UNE e muitas pessoas que tem o prestígio com o povo não quer ser candidato por causa da criminalização da política. Então, você não tem a renovação de nomes. Sem contar que a terceira via encontra aquele velho problema, onde todo mundo quer indicar o candidato, mas ninguém abre mão. Então, a terceira via nasce morta por causa do ditado ‘farinha pouca, meu pirão primeiro’”, finaliza Lúcio.