Por Ramon Margiolle
A articulação em torno da federação entre União Brasil e PP deverá ser viabilizada antes da formação das comissões na Câmara Federal. Fontes do Informe Baiano revelaram, nesta quarta-feira (8), Dia da Mulher, que faltam ajustes apenas em quatro estados: Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais e Bahia.
O União Progressista deverá contar com 117 deputados federais e será o maior partido do Brasil. Trata-se também de uma “proteção mútua”, onde uma ala do PP vai viabilizar espaços no Governo Lula sem, necessariamente, ser aliada e sem desgaste com o bolsonarismo.
O grupo deverá ter o controle dos principais espaços dentro do Congresso Nacional, a exemplo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão Mista e Orçamento (CMO), o que deixará o Governo petista mais dependente.
Além disso, é uma forma também de “blindar” e manter os três ministros do União Brasil, mesmo com o partido declarando ser independente. Vale ressaltar que UB e PP atingiram a cláusula de barreira. Portanto, não haveria motivos para uma federação se não o controle dos principais espaços da Casa e como dito, uma proteção mútua com o governo cada vez mais dependente.