Nos últimos dias, frequentadores da Ceasa de Simões Filho, que fica no CIA Aeroporto, no limite com Salvador, foram surpreendidos por uma prática questionável: a colocação de um dispositivo conhecido como “trava roda” em alguns veículos estacionados em frente à entrada principal do local. Funcionários da Ceasa estariam utilizando esses equipamentos e exigindo o pagamento de R$ 70,00 para liberar os veículos, alegando tratar-se de uma taxa de estacionamento.
A ausência de placas de sinalização ou qualquer informação oficial sobre a cobrança tem causado indignação entre os comerciantes e clientes que frequentam o centro de abastecimento. A situação tem gerado prejuízos para os negócios, com relatos de pessoas que deixaram de realizar compras na Ceasa devido a essa prática abusiva.
“Isso é um absurdo. Tentamos buscar informações com os responsáveis, mas ninguém nos disse nada”, afirma um cliente que possui um mercadinho em Salvador.
O Informe Baiano entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), para saber detalhes sobre a cobrança. A pasta alega que a instalação do dispositivo “trava rodas” se trata de uma ação para veículos flagrados descumprindo a regra.
“Os procedimentos para estacionamento na Central de Abastecimento de Salvador (Ceasa). Com o objetivo de manter a ordem do espaço comercial e oferecer mais segurança a permissionários e consumidores, desde 2022 é vedada a circulação de veículos pela feira. Como opção, o espaço disponibiliza aos visitantes estacionamento amplo e gratuito, localizado em sua entrada. No entanto, desobedecendo à sinalização informativa, condutores acessam o espaço indevidamente. Para cessar o descumprimento da regra, e garantir a segurança, medidas administrativas são tomadas. Entre elas, a instalação de dispositivo “trava rodas” em veículos flagrados descumprindo a regra. Após a identificação do condutor e sua devida advertência, o veículo é liberado. A SDE esclarece que não existe, por parte da administração do equipamento, nenhum tipo de multa ou cobrança de valores para a liberação”, concluiu a secretaria por meio de nota.
Sandra Mercês sob supervisão de Ramon Margiolle