O bairro mais boêmio de Salvador, considerado classe média, está na mira dos traficantes. O Rio Vermelho vive uma crise na segurança pública e nesta sexta-feira, a produção do Informe Baiano recebeu a informação que lojistas foram obrigados a pagarem pedágios para traficantes da área.
Os trabalhadores foram ameaçados e com medo, preferiram fechar os estabelecimentos. Os criminosos disseram que se não recebessem, iriam mandar os “representantes”.
Os bandidos agem de forma discreta, enquanto um aguarda dentro do carro, o outro fica do lado de fora supervisionando o terceiro comparsa que entra na loja e mantém contato diretamente com os funcionários. Eles são rápidos e tentam não chamar atenção.
Acontece que a intimidação causa um enorme prejuízo financeiro, afinal, são lojas de grande porte situadas em ruas movimentadas do bairro.
O IB entrou em contato com o Departamento de Comunicação Social (DCS) da PM, que não enviou nota ainda sobre o caso. Em mensagem de áudio enviada ao Informe Baiano, o comandante da 12a CIPM, major Paulo Cunha, afirmou que “esse tipo de tática” é usada pelos bandidos em várias localidades.
O oficial confirma também que “inclusive, nós já fomos acionados numa ocasião” com esse tipo de denúncia e a unidade esteve no estabelecimento. Na ocasião, segundo o major, os policiais tranquilizaram as vítimas.
Cunha diz ainda que “vamos dar essa segurança aí aos estabelecimentos” e “não existe negócio de cobrar pedágio aqui, não”.
No final de agosto, turistas de Santa Catarina foram vítimas durante um arrastão no bairro Rio Vermelho. Eles tiveram os pertences levados e registraram um vídeo contando como aconteceu.
