Nos últimos meses, os dedicados entregadores de aplicativos, conhecidos como motoboys, têm estado no centro de um intenso debate com o governo e representantes de plataformas populares como iFood, Rappi, Zé Delivery e outros. O cerne da discussão gira em torno da necessidade de regulamentar adequadamente o trabalho que realizam. Diante da dificuldade de alcançar um acordo que assegure salários mais justos e melhores condições de trabalho, os entregadores decidiram tomar uma medida drástica: entrar em greve a partir desta sexta-feira (29).
Segundo a Associação dos Motofretistas Autônomos do DF (Amae-DF), a categoria cobra o pagamento de remuneração de R$ 35 pela hora trabalhada, durante cada jornada de trabalho para os aplicativos. A associação argumenta que o modelo atual é injusto, pois os entregadores recebem apenas pelas entregas, quando, na prática, permanecem à disposição do aplicativo durante cada período de “login” no serviço de entrega.
De acordo com os motoboys, a proposta das empresas é o pagamento de apenas R$ 17 pela hora trabalhada, algo que eles consideram inaceitável. Além da greve, os motoboys planejam realizar manifestações em todo o Distrito Federal.
“Estamos determinados a interromper todas as atividades. Ninguém vai aceitar pedidos de shoppings e restaurantes”, afirmou Du Colt, um dos representantes dos entregadores. A Amae enviou um comunicado ao Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhobar-DF), reforçando sua posição e buscando apoio em sua luta por melhores condições de trabalho.