O deputado federal Leo Prates (PDT) está confuso sobre o destino político. Nesta segunda-feira (12/05), ele declarou que seguirá no grupo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) e na oposição ao governo do estado mesmo após o partido ter retornado à base do PT na Bahia. Ele participou de um almoço de lideranças pedetistas com Neto e com o prefeito Bruno Reis em um restaurante da capital baiana.
No encontro, que contou com a presença de parlamentares, vereadores de Salvador e dirigentes do PDT, os pedetistas reafirmaram a aliança com Neto e Bruno. Prates ressaltou que deseja continuar no partido, mas enfatizou que vai seguir onde sempre esteve: ao lado de ACM Neto.
“Apoiamos ACM Neto e seguimos na oposição ao governo por respeito à nossa história. Gosto do PDT, sou amigo de Carlos Lupi e quero continuar no partido. Mas estar onde sempre estive é um princípio — não uma condição. E princípios não se negociam”, afirmou, após o encontro político.
Ele ainda lembrou o desempenho do partido nas eleições de 2022 no grupo de Neto. “Em 2022, a chapa do PDT para deputado federal na Bahia fez 396.887 votos. Desses, 143.700 foram meus — fui um dos 10 mais votados do estado — e 26.386 de Zé Carlos Araújo, nosso primeiro suplente. Juntos, representamos mais de 1/3 dos votos do partido”, disse.
Recentemente, o Diretório Estadual do PDT na Bahia, retomou a aliança com o PT no Estado, após cinco anos.
Com isso, a ala do partido mais ligada a ACM Neto decidiu promover o encontro desta segunda-feira para expressar discordância do posicionamento e reafirmar o apoio ao ex-prefeito de Salvador, que deve reeditar a disputa pelo Palácio de Ondina no próximo ano contra o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Participaram da reunião com Neto e Bruno, além de Leo, o deputado estadual Emerson Penalva, os vereadores de Salvador Omar Gordilho, Roberta Caires, Anderson Ninho e Débora Santana, além do vice-presidente do partido no Estado, o ex-deputado José Carlos Araújo.
