O trabalhador baiano segue entre os mais mal remunerados do Brasil. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia registrou o terceiro pior salário médio do país em 2024, com rendimento de apenas R$ 2.165 mensais.
O levantamento faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), iniciada em 2012. No ranking dos estados, a Bahia fica atrás apenas do Ceará (R$ 2.071) e Maranhão (R$ 2.049), enquanto a média nacional é de R$ 3.225.
A diferença é alarmante: o valor recebido pelos baianos está 32,8% abaixo da média brasileira e 57% menor que o rendimento do Distrito Federal (R$ 5.043), estado com o maior salário médio do país.
O estudo do IBGE também destacou que oito estados ultrapassaram a média nacional de rendimento. Além do Distrito Federal, figuram nessa lista São Paulo (R$ 3.907), Paraná (R$ 3.758), Rio de Janeiro (R$ 3.733), Santa Catarina (R$ 3.698), Rio Grande do Sul (R$ 3.633), Mato Grosso (R$ 3.510) e Mato Grosso do Sul (R$ 3.390).
A análise dos dados reforça a desigualdade entre as regiões brasileiras. Enquanto os maiores salários se concentram nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os menores rendimentos estão no Norte e Nordeste. A Bahia, por exemplo, ocupa a 25ª posição entre os 27 estados brasileiros, sendo superada apenas por dois vizinhos nordestinos.
A diferença de R$ 2.878 entre o Distrito Federal e a Bahia revela o abismo que ainda separa os trabalhadores em diferentes partes do país — uma realidade que impacta diretamente na qualidade de vida, no consumo e no desenvolvimento econômico regional.
Confira abaixo os cinco piores salários médios do Brasil:
Maranhão – R$ 2.049
Ceará – R$ 2.071
Bahia – R$ 2.165
Piauí – R$ 2.203
Pará – R$ 2.268