A reinauguração do Parque Zoobotânico da Bahia, que deixou de abrigar animais de grande porte e passou a priorizar ações de educação ambiental, gerou repercussão na Câmara Municipal de Salvador nesta segunda-feira (02/06). Durante a sessão que marcou o retorno ao plenário Cosme de Farias, o vereador Kiki Bispo (União Brasil) criticou as mudanças e sugeriu que a Prefeitura pode ter que criar um novo zoológico para suprir a necessidade da população.
“Mais uma vez, a Prefeitura vai ter que assumir um espaço abandonado pelo Governo do Estado e criar um zoológico em Salvador, já que, após o abandono, o Estado agora faz apenas um remendo. A gestão municipal talvez precise ser chamada”, afirmou o parlamentar, destacando a importância histórica do local para as famílias soteropolitanas.
Kiki Bispo comparou a situação a outros equipamentos públicos que, foram assumidos pela gestão municipal após abandono por parte do Governo da Bahia. “Foi assim com o Centro de Convenções e está sendo agora com a arena multiuso. O governo estadual demoliu o ginásio Antônio Balbino e a Prefeitura está fazendo um novo espaço para Salvador ter eventos esportivos e culturais”.
O vereador também criticou o investimento realizado na reforma do Parque Zoobotânico, classificando a intervenção como ineficaz. “Gastaram uma fortuna para reformar e agora não é mais zoológico, virou outro conceito. É mais uma enganação. Salvador não merece ser tratada dessa forma”, completou, mencionando também o projeto da ponte Salvador-Itaparica como exemplo de promessas não concretizadas.
O Parque Zoobotânico foi reinaugurado neste domingo (01/06), em evento restrito a convidados. A abertura para o público geral ocorre na próxima terça-feira (03/06). A principal mudança no espaço foi a retirada de animais como leões, onças e elefantes, marcando a transição de um modelo tradicional de zoológico para um ambiente voltado à educação ambiental e preservação da fauna silvestre.