O governo federal aumentou, nesta terça-feira (1º), as alíquotas do imposto de importação sobre veículos eletrificados. A medida faz parte de um cronograma escalonado aprovado em 2023 pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) e impacta diretamente os preços de carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in importados, sem produção nacional.
O plano prevê elevações escalonadas nas alíquotas até 2026, com o objetivo de estimular a produção nacional de veículos menos poluentes. A partir deste mês, os impostos já sobem de forma significativa: os carros 100% elétricos passam de 18% para 25%; os híbridos plug-in, de 20% para 28%; e os híbridos convencionais, de 25% para 30%.
Confira o cronograma de aumento das alíquotas:
Carros híbridos (HEV):
15% desde janeiro de 2024
25% a partir de julho de 2024
30% em julho de 2025
35% em julho de 2026
Híbridos plug-in (PHEV):
12% desde janeiro de 2024
20% a partir de julho de 2024
28% em julho de 2025
35% em julho de 2026
Carros totalmente elétricos (BEV):
10% desde janeiro de 2024
18% a partir de julho de 2024
25% em julho de 2025
35% em julho de 2026
Apesar da alta, montadoras que operam no Brasil poderão continuar importando com isenção, desde que respeitem limites anuais de valor dentro de cotas válidas até 30 de junho de 2026.
A mudança ocorre em meio à pressão da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que desde o ano passado cobra o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) pela antecipação do aumento das tarifas. A entidade argumenta que a isenção prolongada desequilibra o mercado ao beneficiar veículos importados em detrimento da indústria nacional.
A expectativa do governo é que a reoneração funcione como incentivo direto para novas fábricas e investimentos locais em tecnologias limpas, alinhando a política industrial às metas ambientais do país.