Os ‘Coletivos Bahia pela Paz’ estão chegando em Jequié, no Médio Rio de Contas. Equipes técnicas do projeto ficam no município até esta sexta-feira (4), mapeando serviços e lideranças locais, etapa primordial à implantação da iniciativa nos territórios. Depois de Feira de Santana, Jequié é a segunda cidade do interior do estado a receber o projeto, que é voltado à promoção da cidadania, à garantia de direitos e à prevenção da violência. Os ‘Coletivos Bahia pela Paz’ são a porta de entrada do ‘Programa Bahia pela Paz’ e atuam nos territórios promovendo iniciativas direcionadas a adolescentes e jovens, de 12 a 29 anos, em situação de vulnerabilidade, e suas famílias.
O mapeamento territorial, que está sendo realizado em Jequié envolve um estudo detalhado do bairro onde o Coletivo será implantado. A equipe faz um diagnóstico da realidade local, considerando dados demográficos, perfil socioeconômico, história local, cultura, economia e mobilização comunitária. Também são avaliados os hábitos, interesses e necessidades dos adolescentes e jovens da região, identificando iniciativas existentes que envolvem a juventude. O levantamento inclui ainda análise dos principais desafios enfrentados pela população jovem, como acesso à saúde, educação, assistência social e segurança pública.
“A chegada do Coletivo a Jequié, segunda cidade do interior da Bahia a receber essa iniciativa, representa um importante avanço na promoção dos direitos e no fortalecimento das juventudes em situação de vulnerabilidade social. Jequié faz parte do projeto que abrange Feira de Santana e Interiorização. Com a implantação do Coletivo, os jovens e suas famílias terão acesso a serviços comunitários de acolhimento, escuta qualificada, orientação para políticas públicas e acompanhamento psicossocial, além de diversas atividades e formações”, pontuou Frank Ribeiro, coordenador geral dos Coletivos Bahia pela Paz, em Feira de Santana e Interiorização.
Equipamentos públicos – Presente em Jequié, a coordenadora pedagógica dos Coletivos Feira de Santana e Interiorização, Jaqueline Santos, explica que o mapeamento inclui entrevistas com moradores e visitas a equipamentos públicos, como escolas, associações e unidades de saúde. “Nosso objetivo é construir um diagnóstico da realidade local, realizando um levantamento que vai orientar a implantação do Coletivo na cidade”, disse.
A equipe já esteve no comando local da Polícia Militar para apresentar a proposta dos Coletivos e, em conjunto, avaliar os possíveis espaços para sua instalação em Jequié. Na terça-feira (1), foram feitas visitas ao Neojiba (projeto voltado à formação de jovens através da música), escolas, CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e outros serviços locais, como parte do mapeamento que subsidia a implantação do projeto no município.
Avanço – Para Jefferson Andrade Rosa, gestor do Colégio Estadual Dr. Milton Santos, que recebeu a visita da equipe de gestão, a chegada do projeto representa um avanço para a cidade. “Receber o Coletivo Bahia pela Paz, para a gente, é uma satisfação grande. Precisamos de parceiros para as nossas demandas enquanto colégio estadual, onde atendemos 700 alunos que precisam de apoio, de assistência, de afeto, proteção, de ações. E quanto mais a gente puder oferecer pra eles, melhor. É isso que a gente quer, uma sociedade com maior estrutura”, ponderou o gestor da Escola Quilombola, localizada na comunidade do Barro Preto.
Abrangência
Os ‘Coletivos Bahia pela Paz’ abrangem as regiões de Salvador e Região Metropolitana, Feira de Santana e Interiorização. O primeiro grupo inclui os municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho e Dias D’Ávila. O segundo grupo compreende Feira de Santana, Jequié, Santo Antônio de Jesus e Valença. Ao longo da execução do projeto, serão implantados 24 Coletivos nessas regiões.
Coletivos
O projeto ‘Coletivos Bahia pela Paz’ é uma iniciativa do ‘Programa Bahia pela Paz’, coordenado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), que atua nos territórios baianos por meio de serviços comunitários voltados à promoção da cidadania e dos direitos humanos. O objetivo do projeto é promover os direitos das juventudes em situações de vulnerabilidade, por meio de uma nova abordagem das políticas de segurança pública, centrada na cidadania, justiça social e cultura de paz, promovendo sua inclusão e fortalecendo os vínculos familiares e comunitários. Em Feira de Santana, os Coletivos estão nos bairros da Mangabeira e da Conceição. Em Salvador, funcionam nos bairros de Águas Claras, Liberdade, São Caetano e Paripe.