Sob impacto das novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o mercado financeiro brasileiro encerrou a semana em clima de instabilidade. Nesta sexta-feira (11), o dólar comercial fechou praticamente estável, após oscilar durante o dia, enquanto a bolsa de valores caiu pela quinta sessão consecutiva.
O dólar foi vendido a R$ 5,548, com leve alta de 0,1%. Pela manhã, a moeda norte-americana chegou a atingir R$ 5,58, mas recuou durante a tarde, puxada pela realização de lucros por parte de investidores. Com o resultado, o dólar acumulou alta de 2,26% na semana e de 2,1% em julho. No ano, no entanto, a moeda ainda registra queda de 10,23%.
Bolsa em queda e pior semana desde 2022
O Ibovespa, principal índice da B3, também enfrentou mais um dia de perdas, fechando aos 136.171 pontos, com recuo de 0,42%. Durante o pregão, o índice chegou a cair 0,89% às 13h26, mas reduziu as perdas à tarde com a leve recuperação de commodities, como petróleo e minério de ferro, o que ajudou a impulsionar ações de petroleiras e mineradoras.
Mesmo assim, o desempenho semanal da bolsa foi o pior desde dezembro de 2022, com queda acumulada de 3,59%.
Tensão global amplia pressão sobre o real
No cenário internacional, o dólar ganhou força após Donald Trump anunciar uma tarifa de 35% sobre produtos canadenses, com início previsto para 1º de agosto. A medida ampliou o temor de uma nova onda de protecionismo comercial, afetando o desempenho de moedas emergentes como o real.
O movimento também ajudou a reduzir a diferença de valorização da moeda norte-americana frente ao real e reforçou a tendência de fortalecimento do dólar em relação a diversas moedas globais.