Os trabalhadores que atendem ao serviço 135 da Previdência Social continuam em greve. A paralisação iniciada no dia 2 de janeiro, segundo a categoria, é motivada pela alteração unilateral imposta pela Tel Centro de Contatos de reduzir a jornada de trabalho , de 180h para 150h, e os salários, de R$ 957 para R$ 780, sem a anuência do Sindicato e dos trabalhadores, prestam atendimento telefônico aos segurados do INSS para agendamento de perícias médicas e concessão de benefícios como aposentadoria por idade ou tempo de serviço.
A continuidade da greve foi decretada pelos trabalhadores na assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Bahia – Sinttel Bahia na tarde de segunda (8).
“Enquanto buscamos um entendimento para resolvermos a questão sem prejuízos para os trabalhadores, a Tel quer impor a redução salarial, que traz problemas financeiros e previdenciários para categoria. Os trabalhadores não podem ter os seus salários reduzidos contra a vontade e o contrato de trabalho deles, disse Gildomar Santana, diretor de comunicação do Sinttel Bahia.
As discussões sobre a alteração de jornada e de salários foram iniciadas no mês de outubro, mas após diversas reuniões e audiências no Ministério Público do Trabalho – MPT, a empresa manteve a imposição de alterar o contrato contra a vontade dos trabalhadores e do Sindicato.
“Quando fomos contratados assinamos um contrato que previa o pagamento de um salário mínimo e recebemos esse valor durante anos. Não podemos ter os nossos salários reduzidos de acordo com a vontade da empresa. Como vamos honrar os nossos compromissos financeiros recebendo bem menos do que planejamos?”,questiona uma teleoperadora.
Na última audiência realizada no dia 19 de dezembro, no MPT, o Sindicato apresentou três propostas à empresa na tentativa de resolver o impasse, mas as propostas foram rejeitadas sem que a Tel oferecesse uma contraproposta.