O senador Angelo Coronel (PSD-BA) afirmou nesta quarta-feira (08/05) que lutar pela legalização do jogo no Brasil. Ele é um dos cinco senadores que integram a Frente Parlamentar Mista pela aprovação do Marco Regulatório dos Jogos, lançada na Câmara Federal e formada também por 198 deputados.
Angelo Coronel considera errada a relação que algumas pessoas fazem entre o jogo, a prostituição e a evasão de divisa. O baiano acredita que a legalização vai gerar arrecadação, renda e empregos.
“Estive em Mônaco e lembro que há 25 anos era uma coisa menor e ‘explodiu’ por questões do jogo. Então, a gente não pode deixar nosso país aquém dessa realidade”, comparou Angelo Coronel, dizendo que a Frente está estudando como poderá colocar em Plenário o PLS 186/2014 do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que legaliza o jogo no Brasil. O PL foi aprovado na Comissão Especial, mas rejeitado na CCJ.
Na Câmara, há outro projeto pronto para ser analisando e que prevê até três cassinos em cada estado brasileiro, dependendo do número de habitantes da unidade da Federação.
“Aprovando de lá (Senado) e aprovando daqui (Câmara), depois faremos uma fusão para poder melhorar a realidade das demandas do jogo aqui no Brasil”, disse Angelo Coronel.
De acordo com a Frente, o Brasil deixa de arrecadar por ano entre R$ 16 bi e R$ 18 bi ao não cobrar impostos sobre os jogos e 650 mil empregos diretos deixam de ser criados à medida que a atividade não é legalizada.
Quando se pensa em jogo, a imagem que vem à cabeça é a dos grandes cassinos dos Estados Unidos, mas Angelo Coronel acha que a legalização precisa ir bem além e prestigiar as “modalidades brasileiras”.
“Eu sou a favor da fixação de quem está aqui fazendo jogo há muitos e muitos anos. Não podemos deixar de contemplar aqueles que estão aí bancando o jogo do bicho, aqueles dos caça-níqueis e das máquinas eletrônicas”, defende o senador baiano, argumentando que as pessoas precisam trabalhar com tranquilidade, sem se preocupar com batidas da Polícia.