O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu sua promessa e indicou uma juíza ultraconservadora para compor a Suprema Corte do país após a morte de Ruth Baden Ginsburg. A escolhida, anunciada na noite do sábado (26), foi Amy Corney Barrett, 48 anos.
Ao anunciar o nome, o republicano voltou a pressionar o Senado a confirmar sua indicação antes das eleições de 3 de novembro, o que é duramente questionado pelos democratas. Se aprovada, a Suprema Corte teria 6 dos 9 magistrados conservadores, em um desiquilíbrio de forças não visto há anos.
“Eu sei que você fará nosso país muito orgulhoso”, disse ainda Trump ao fazer o anúncio. Por sua vez, Barrett afirmou que “caso me escolham, eu prometo fazer o meu melhor”.
Ultraconservadora, católica e mãe de sete filhos, a escolhida pode assumir o posto de Ginsburg, que era de perfil liberal e considerada uma dos maiores nomes da luta feminista nas últimas décadas no país.
Após sua morte devido a um câncer, a família divulgou uma carta em que a juíza pedia que a escolha de seu sucessor não fosse feita antes das eleições deste ano – como ocorreu em 2016, no fim do mandato de Barack Obama.
Uma pesquisa do Washington Post/ABC mostrou também que a maior parte dos norte-americanos não deseja uma mudança ainda em 2020, sendo que 57% se opõe à escolha do novo juiz.