No momento em que Congresso e governo discutem como viabilizar a volta do auxílio emergencial, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou o Balanço da Fiscalização do Auxílio Emergencial. O TCU identificou que pelo menos 7,3 milhões de pessoas receberam indevidamente o benefício, o que representou R$ 54 bilhões pagos. O coordenador-geral de Controle Externo da Área Econômica e das Contas Públicas do TCU, Tiago Dutra, falou à Rádio Senado sobre o balanço e as principais causas do pagamento indevido.
Três causas principais geraram pagamentos indevidos, de acordo com Tiago Medeiros, coordenador-geral de Controle Externo da Área Econômica e das Contas Públicas do TCU. A primeira, segundo ele, foram bases de dados que não estavam completas desde o início, como as de militares e servidores de estados e municípios. Outro problema, de acordo com Medeiros, foi verificar todo mês se a pessoa continuava ou não sem renda formal.
A terceira causa foi a autodeclaração de renda e composição familiar, um “ponto fraco” do auxílio emergencial, segundo o coordenador do TCU. “Esse é um caso que não tem solução fácil. A solução seria obrigar o beneficiário a atualizar esses dados mensalmente ou garantir acesso a informações bancárias”, afirmou à Agência Senado.
Fonte: Agência Senado