Editorial
Um importante exemplo na luta contra ataques virtuais foi dado pela Polícia Militar da Bahia nesta quinta-feira (04/03). Diante da denúncia que um soldado teria injuriado nas redes sociais o comunicador Alessandro Timbó, tornou público o firme posicionamento, o que já inibe comportamentos semelhantes que poderiam ocorrer no futuro.
O integrante de uma Companhia escreveu para Timbó “tomar no c*” durante uma live que analisava as medidas restritivas da Covid-19 no Estado. Revoltado, o médico e advogado denunciou a atitude do praça ao comandante-geral, coronel Paulo Coutinho, que primeiro entrou em contato por telefone. Em seguida, determinou a apuração preliminar do caso e logo depois emitiu uma nota de esclarecimento onde condena a “conduta lamentável de um cidadão, que é policial militar”.
A PM ratifica no comunicado que o comentário “não representa a instituição que preza por respeito ao próximo”.
“A Polícia Militar não coaduna com nenhum tipo de posicionamento ofensivo em qualquer circunstância, seja durante a prestação de serviço ou não. Dessa forma, medidas legais cabíveis administrativas serão adotadas sobre o fato”, afirma.
Novamente, a centenária instituição demonstra veementemente que está em acordo com os anseios da sociedade em geral e não tolera desvio de conduta, seja ela de praça ou oficial. Para quem um dia imaginou que os novos líderes da corporação apoiariam truculência e/ou ações descabidas é mais um pensamento grosseiro e equivocado.
A medida da PM pode até parecer, conforme relata alguns, uma “situação desnecessária”, mas não é. Ataques virtuais tornaram-se rotineiros, causam graves danos e muitos consideram que internet é terra de ninguém. Mas não é. Existem leis que podem ser aplicadas e o autor ser responsabilizado também nas esferas civil e criminal. Para se ter ideia já ocorreram casos do prejuízo financeiro ser superior a R$20 mil. O exemplo foi dado.
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