O médico pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, assassinado dentro de uma clínica particular, na última quinta-feira (23/09), no município baiano de Barra, pode ter sido assassinado por alertar uma família sobre um suposto caso de abuso sexual contra uma criança atendida por ele. A informação foi divulgada por seu irmão, o cirurgião-dentista Lula Teixeira, 48 anos.
“Apareceram muitas conversas aqui que estão investigando para realmente saber o que aconteceu. Teve essa conversa de que a criança chegou molestada e ele falou que tinha que ir para Irecê [cidade no centro-norte da Bahia], que Irecê que tinha o departamento para investigar, ver direito, né? Mas isso tem um tempo, porque ele como médico tem por obrigação ver uma questão dessa e alertar a mãe e o pessoal para procurar a polícia”, disse Lula Teixeira ao portal G1.
No momento do crime, ocorrido no consultório do médico, estavam sua esposa, que é enfermeira, outros dois funcionários e uma criança, acompanhada de sua mãe.
O assassino entrou na sala do médico e disparou várias vezes contra ele. Em seguida fugiu com a ajuda de outro homem que o aguardava em uma moto do lado de fora.
Um dos disparos atingiu a cabeça do pediatra, que chegou a ser socorrido e levado para um hospital da região, mas não aos ferimentos.
Júlio César tinha dois irmãos e deixa, além da esposa, dois filhos, um de 8 anos e outro de 5. Até o momento ninguém foi preso e a polícia ainda não falou sobre nenhuma linha de investigação que estaria seguindo.