Facções que atuam em Engomadeira e Tancredo Neves promoveram diversos tiroteios na madrugada deste domingo (27/02), na localidade da Candelária, no limite dos dois bairros. Também houve confronto entre traficantes no final de linha de Engomadeira.
Já agora pela manhã, os bandidos determinaram toque de recolher na rua principal de Engomadeira. Diversas viaturas da PM estão na região, mas os estabelecimentos comerciais estão fechados. Várias ruas foram pichadas com os nomes “Tropa do Monstrão” e “Comando Vermelho tudo 2”.
Conforme moradores ouvidos pelo Informe Baiano, os dois grupos estavam armados com diversos fuzis e granadas, além de colete balístico.
“Estavam ‘pesadão’ mesmo porque tanto o Buracão como a Lajinha são fortes. É nível Nordeste ou até piores. Parava um pouco e aí começa tudo de novo. Modo rajada ativado. Olhe Informe, em era toda hora tiro. Milhares de tiros”, contou um leitor do IB.
Uma moradora disse que estava “apavorada”. “Pior que quem não tem nada a ver que sofre. Sangue de Cristo tem poder. Eu peço que Jesus interceda porque a gente já sofre muito e não merece isso. A gente dormia aqui até de janela aberta se quisesse. Agora esse inferno por causa dessa chacina do presídio”, relatou a fonte.
Motivo da guerra
A guerra entre os dois grupos criminosos começou após a chacina que vitimou seis presidiários, no Complexo Lemos Brito.
“Foi uma discussão besta entre eles e aí virou guerra. O que aconteceu? Um dos mortos da chacina da PLB é da Candelária (Tancredo Neves). E aí naquele dia estava acontecendo paredão no final de linha. Aí os caras da Candelária subiram e disseram pra desligar o som porque estavam de luto. Aí o gerente da Lajinha falou: ‘quem manda aqui é a Lajinha, isso aí problema de vocês’. Resultado: subiu um grupo com mais de 100 cabeças e meteram bala. E os caras da Lajinha também são fortes e atacaram também. Isso no domingo passado”, explicou no sábado (26/02) ao IB um morador logo após um confronto.