Foram divulgadas, nesta quarta-feira (19/04), imagens do circuito interno de 22 câmeras do Palácio do Planalto, onde mostram a participação do ministro do GSI do governo Lula, o general da reserva Gonçalves Dias, nos atos de vandalismo de 8 de janeiro. Ao todo, foram mais de 160 horas analisadas.
Como mostram os registros, revelados pela CNN Brasil, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) aparece caminhando pelos corredores do Planalto com alguns invasores.
No terceiro andar, onde Dias estava, os criminosos quebraram câmeras de segurança, mesas de vidro, o relógio Balthazar Martinot, obra de arte do século 17, que chegou ao Brasil pelas mãos de dom João VI em 1808, além de revirarem gavetas e móveis.
Até o momento, o ministro e o governo federal ainda não comentaram as gravações. Já o GSI afirmou, por meio de nota, estar apurando a conduta de militares em sindicância. “Se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”, diz a pasta.
“As imagens [reveladas pela imprensa] mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos”, explicou o GSI.
Como informou a Polícia Federal, Gonçalves Dias deve ser intimado ainda nesta semana para depor sobre os atos criminosos do dia 8 de janeiro. No Congresso Nacional, parlamentares da oposição pressionam por uma CPMI do 8 de janeiro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pode instalar a comissão na próxima semana. O Planalto, no entanto, corre para retirar assinaturas do pedido de CPMI.