Na tarde desta quinta-feira (22/6), a secretária de Meio Ambiente de Mangaratiba, no interior do Rio de Janeiro, Shayenne Barreto, deu voz de prisão a Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar Jr. A situação ocorreu durante uma operação de combate a crimes ambientais em uma obra de uma mansão do empresário.
A intervenção teve início após denúncias anônimas de delitos ambientais no local. Durante a inspeção, foram encontradas diversas irregularidades, como desvio de curso de água, captação de água de um rio sem autorização, utilização de água para a criação de um lago artificial, movimentação de terra, escavação e manipulação de pedras e rochas sem a devida autorização, além da aplicação de areia de praia sem licença ambiental.
A prefeitura emitiu uma nota informando que a secretária Shayenne Barreto teria sido desacatada por Neymar da Silva Santos, no entanto, ele não foi detido. Segundo a nota, “considerando o princípio da razoabilidade e diante de um pedido da assessoria do senhor Neymar Santos, ele foi liberado para cumprir um compromisso em São Paulo”.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o pai do jogador discutindo com os agentes presentes no local, alegando possuir autorização para a realização das obras, mas sem apresentar o documento. Em determinado momento, a discussão se intensifica entre Neymar da Silva Santos e a secretária, que decide dar voz de prisão ao empresário.
A ação foi conduzida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mangaratiba com o apoio da Polícia Militar Ambiental, a Polícia Civil e os agentes do Grupamento de Proteção Ambiental do município.
Além de interromper as obras e apreender os equipamentos utilizados, a prefeitura anunciou que será aplicada uma multa que deverá ultrapassar a quantia de R$ 5 milhões, devido aos danos ambientais causados. Segundo a nota divulgada, “a equipe da Secretaria de Meio Ambiente está elaborando um relatório detalhado das irregularidades constatadas, que servirá de base para a emissão da multa. Considerando o dano ambiental causado, estima-se que o valor a ser cobrado não será inferior a R$ 5 milhões”.