O Ministério Público do Trabalho (MPT) tomou medidas legais contra uma empresa sul-coreana de alimentos sediada em Formosa do Rio Preto, região oeste da Bahia. A companhia é acusada de fraudar as leis trabalhistas brasileiras, resultando no não pagamento de salários aos trabalhadores. A investigação teve início após a trágica morte de cinco crianças.
Segundo as informações reveladas durante a investigação do MPT, mais de 200 famílias estavam trabalhando na empresa sem contratos formais de trabalho. A Bom Amigo Doalnara Agropecuária Ltda., responsável pela empresa, supostamente utilizava uma cooperativa para contornar as leis brasileiras, configurando assim uma prática fraudulenta.
O órgão trabalhista quer que a empresa cumpra a legislação e indenize a sociedade em R$ 20 milhões. A empresa também não seguia normas de saúde e segurança do trabalho. Além disso, os trabalhadores também eram obrigados a seguir regras sociais e religiosas.
A empresa nunca explicou se as crianças trabalhavam no local. A informação também não foi divulgada pela polícia. A obra foi interditada pela auditoria fiscal do trabalho desde a primeira inspeção após as mortes, porque não atendia normas de saúde e segurança previstas na legislação brasileira.
A vala tinha sido aberta para melhorar o saneamento da fazenda onde vivem cerca de 2 mil coreanos. O acesso à comunidade é restrito às famílias que moram no local.