O orgulho fica evidente ao listar os lugares onde o esporte o levou. Aos 24 anos, André Luiz de Oliveira dá mais um passo para consolidar uma história de vida vitoriosa graças ao beach handball. Nos Jogos Sul-americanos de Praia Santa Marta 2023 o atleta de origem humilde estreia em uma Missão pelo Time Brasil e quer servir de exemplo para outras crianças.
“O esporte foi tudo na minha vida, o que me salvou. Quando a gente está meio perdido, não sabe o que vai fazer da vida… Surgiu a oportunidade não pensei duas vezes, abracei. Em 2016 tive a chance de fazer faculdade com bolsa de 100% através de handball. Ia jogar e me formar.”
André é natural de São Gonçalo, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro. Morava em uma região violenta e viu no esporte a porta para crescer e se desenvolver. O primeiro passo foi a conquista da vaga na universidade, onde cursou Educação Física. Com o diploma em mãos, foi de atleta a treinador e seguiu agarrando as chances que apareceram.
Recebeu uma proposta para trabalhar em um polo da Confederação Brasileira de Handebol em Paranaguá, no Paraná, como professor de um projeto para crianças. Quis contribuir com o desenvolvimento da modalidade de praia, que hoje forma atletas desde a base, sem necessariamente contar com a migração de quem conheceu o esporte na modalidade indoor, na quadra.
“Eu morava em são Gonçalo, uma cidade bastante violenta, e já imaginava sair de lá. Aí saí para Paranaguá para trabalhar com handebol de praia. Foi difícil tomar essa decisão, mas foi algo que sempre busquei. Hoje é possível já iniciar no esporte direto no handebol de praia, e eu quero transformar vidas igual o esporte transformou a minha. Graças a Deus está acontecendo”.