Após uma discussão nas redes sociais sobre o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) decidiu entrar com uma ação no Ministério Público contra o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT), alegando ter sido alvo de falas preconceituosas.
“Entrei com uma representação no Ministério Público contra o ex-deputado Jean Wyllys. Homofobia é inaceitável, não importa a bandeira ou orientação política”, escreveu o governador em uma publicação no Instagram.
A confusão teve início quando o gaúcho anunciou que manteria as escolas cívico-militares em seu estado. Com isso, o ex-parlamentar e campeão da quinta edição do Big Brother Brasil disse que não esperava essa atitude vinda de um governador homossexual e insinuou que Leite tem “homofobia internalizada” e “fetiches em relação ao autoritarismo”.
Em resposta, Leite apontou que a fala do petista é repleta de “preconceitos”. “Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wylles, eu lamento a sua ignorância”, afirmou Leite.
Encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na quarta-feira (12), o objetivo de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), instituído em 2019 durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entretanto, na última sexta-feira (14/07), ele explicou que “não é obrigação” do Ministério da Educação (MEC) cuidar de escolas cívico-militares, e que os estados têm autonomia para decidir sobre o assunto.