A briga entre um policial militar e um agente de trânsito, na manhã desta segunda-feira (25/09), na Avenida São Rafael, tem mais detalhes do que os que foram revelados pelo servidor municipal. Câmeras de segurança da região serão analisadas pela 10a Delegacia Territorial/Pau da Lima, responsável pela apuração.
Em contato com o Informe Baiano, o militar disse que agente “faltou com a verdade” e contou uma versão totalmente descabida. O agente estava a caminho do trabalho e policial foi buscar a mãe para levar ao médico.
“Eu estava dando carona a uma pessoa e já havíamos comentado pouco antes da batida que ele estava em alta velocidade, colocando pessoas em risco. Então, era óbvio que ele provocaria uma colisão, pois não estava dirigindo o veículo de forma defensiva, como orientam as instituições”, pontua.
“O que aconteceu foi o seguinte. Repito. Ele estava em alta velocidade desde a região do Ponto Alto. Eu não sei se ele parou ou que aconteceu. Mas pouco tempo depois eu vi ele novamente e fui logo para a faixa da direita. Após a Chesf, perto do SAC, um motorista que estava na minha frente aliviou e eu parei, pois tem uma sinaleira. Em seguida, ele saiu da faixa da esquerda provavelmente para adiantar o lado dele e foi para a faixa da direita, onde eu estava. Não deu tempo para frear totalmente e ele bateu no fundo do meu carro. Bateu porque não estava dirigindo defensivamente e com os cuidados necessários. Naturalmente, como qualquer pessoa faria, eu desci para buscar o diálogo. A primeira pergunta foi: ‘O senhor está bem?’. Para minha surpresa e também irritação, ele perguntou se eu era palhaço. Ainda disse que eu estava apostando corrida com ele. Uma pergunta a ele: cadê a filmagem do início da confusão?”, provocou o militar, que acrescentou.
“Ele estava todo errado, sem cinto de segurança e se aproveitou da farda da Transalvador para tentar me intimidar. Na verdade, ele não queria era pagar o prejuízo que ele causou. Nesse momento, eu me identifiquei como policial e falei a ele que independente das nossas profissões, a gente teria que resolver a questão do prejuízo. Sabe qual foi a nova resposta dele? Que o que mais acontecia era ele liberar carro de policial errado em blitz. Aí a situação realmente esquentou. Ele deu uma de valentão sem saber que eu era policial”, acrescentou.
O policial disse que também foi ameaçado pelo agente da Transalvador: “Ele disse: ‘Eu vou encher você de multas’. Como é que pode uma coisa dessa? Ainda disse que iria apreender meu veículo quando me encontrasse. Então, esse foi o motivo. Ele bateu no fundo e ele é culpado. Na Transalvador, os próprios colegas dele falaram que ele estava errado. Inclusive, eu tenho testemunha, ele me expôs com uma história fantasiosa. E ele pode responder por denunciação caluniosa. Para finalizar, eu ainda faço outro questionamento: como é que eu iria bater nele com o vidro do carro dele fechado? Quando ele viu que falou besteira e eu fiquei um pouco alterado, ele fechou o vidro. Outra coisa, em nenhum momento ele saiu do carro”, finalizou o policial.
Nota do agente da Transalvador
Ressaltamos que o Agente de Trânsito envolvido na situação foi vítima de um agressão física e ameaça por um cidadão que se identificou como policial militar e praticou referidos crimes, tudo conforme já está sendo investigado perante a 10ª Delegacia de Polícia no bairro de Pau da Lima, bem como trâmite investigativo perante a corregedoria da PM-Ba.