Presidente nacional do União Jovem do Brasil (UJB), Lucas Moreno criticou as declarações de Jerônimo Rodrigues (PT) incentivando a aprovação automática de todos os estudantes da rede estadual de ensino. Segundo Lucas, o governador tenta a todo custo tirar do seu grupo político a culpa pelos maus resultados da educação pública da Bahia, que está entre as piores do Brasil. E que, para isto, está disposto até a empurrá-la sobre os professores, que estão apenas cumprindo o seu papel de avaliar os alunos.
“A principal preocupação do governador não é com a qualidade da educação na Bahia, mas sim com os números. O que ele quer, de verdade, é que as escolas aprovem mesmo que o aluno não tenha aprendido, para que a Bahia suba neste quesito nos rankings comparativos nacionais e a pressão sobre ele diminua. No fundo, a principal preocupação de Jerônimo é com ele mesmo, e pouco importa contornar a catástrofe educacional que seu grupo político tem produzido na terra de Anísio Teixeira”, afirmou Lucas Moreno.
O líder do braço jovem do União Brasil destacou que o governador, ao dizer que ‘quando a escola reprova, é a escola que está reprovada’, deu o recado de que a culpa pelo fracasso da educação não é do seu partido, que governa há 18 anos, e nem do próprio Jerônimo, que foi secretário da Educação nesse período. “Ele está dando o recado que a culpa é das escolas, às quais ele chega a chamar de autoritárias e preconceituosas; Escolas, aliás, que não são entes com vida própria, elas são estruturas geridas por servidores públicos”, disse.
“Ou seja, Jerônimo está chamando os seus servidores de autoritários e preconceituosos e colocando a responsabilidade pela penúltima colocação no IDEB nas costas desses profissionais que dedicam as suas vidas à nobre tarefa de ensinar, mesmo enfrentando problemas de estrutura e de remuneração. Jerônimo tenta contemporizar dizendo que é professor, mas, sinceramente, é difícil crer que ele já pisou em uma sala de aula. Ora, governador, pouco importa o seu discurso: as suas ações deixam claro que o senhor é cada dia mais político e menos professor”, completou Lucas Moreno.
