O prefeito Bruno Reis inaugurou hoje a maior obra da história de Salvador. Trata-se ro trecho 2 do BRT, que liga Cidade Jardim à Estação da Lapa. A solenidade nesta quinta-feira (25/04) contou com a presença do ministro das Cidades do Governo Federal, Jader Filho.
“Está é a maior obra que a prefeitura já tocou em todas as instâncias dessa cidade. Até então, nesses 475 anos, é a maior obra que um prefeito iniciou e concluiu”, pontua Bruno. “Tá aí mais um legado que nós vamos deixar para nossa cidade” acrescenta.
O gestor também reafirmou que “essa é a minha forma de trabalhar, construindo pontes”. Ele enumerou viadutos construídos, parques e a plantação de mais de 5 mil árvores. “Alargamos essa via, vai melhorar a modalidade. Atende 460 mil habitantes e vai trazer segurança, deslocamento mais rápido e confronto”.
Bruno Reis ressaltou ainda que a obra do Mané Dendê, no subúrbio ferroviário, será ainda maior que o BRT.
O ministro Jardel Filho aproveitou o evento para enviar um recado do presidente Lula (PT) para Bruno Reis. O chefe do Executivo federal mandou avisar que “a parceria do governo Lula com a prefeitura de Salvador vai continuar, independente de partido político”.
Trecho 2 do BRT de Salvador
O trecho 2 do BRT, liga a região do Parque da Cidade à Estação da Lapa. Com isso, todo o modal, ligando a rodoviária à estação da Lapa, será entregue à população da capital baiana.
O percurso do trecho 2, que se estende por 7 km, é o maior do modal de transporte público, e vai beneficiar diretamente a população de 15 bairros da capital baiana. Com a entrega do novo trecho, entrará em operação a nova linha do BRT de Salvador, a B4, que vai funcionar inicialmente de maneira assistida em fase de observação e ajustes. Antes mesmo da entrega do novo trecho, o BRT já ultrapassou a marca de um milhão de pessoas transportadas por mês.
A linha vai interligar a Estação Pituba, próxima à sede da Apae, e a Estação da Lapa, com viagens nos dois sentidos. Os usuários poderão embarcar ou desembarcar também nas novas estações Cidade Jardim e Rio Vermelho, demais paradas que farão parte desse período piloto do modal.
Quando o BRT estiver em operação plena, o trajeto entre a Lapa e a rodoviária poderá ser feito em cerca de 16 minutos (de forma expressa). Neste primeiro momento, a operação será feita de maneira assistida e avaliada a cada 15 dias, com possibilidade de ampliação do tempo de funcionamento da linha ou do número de estações.
O segundo trecho do BRT se estende pelas avenidas Juracy Magalhães e Vasco da Gama, além do Vale do Tororó. O percurso tem oito estações: Cidade Jardim, Vale das Pedrinhas, Rio Vermelho, HGE, Ogunjá, Vasco da Gama, Barris e Lapa. As estações entrarão em funcionamento aos poucos, de acordo com a evolução da operação assistida, garantindo que o serviço seja prestado de maneira satisfatória ao usuário. “Isso vai ocorrer justamente para que a gente possa fazer os ajustes necessários no sistema”, explica o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Müller.
Frota – A B4 contará com ônibus de 13 metros, utilizados atualmente pelo modal, e também de 15 metros, adquiridos recentemente pelo município, todos com ar-condicionado e conforto. Ainda neste ano, serão integrados à frota também veículos articulados, de 18 metros. Segundo o titular da Semob, a linha terá no período assistido sete veículos, quantidade que ampliará de acordo com o avanço da operação.
Hoje, 44 ônibus já estão operando no sistema. Para este ano, o BRT terá o acréscimo de mais 58 veículos, que vão atender tanto a B4 quanto outras duas linhas que vão entrar em operação: a B5, que vai da Lapa à Rodoviária, e a B6, ligando a Lapa ao aeroporto pela orla, por meio do BRS que está sendo implantado.
O trecho 2 do BRT beneficia diretamente a população de 15 bairros pelos quais ele passa: Santa Cruz, Candeal, Chapada do Rio Vermelho, Vale das Pedrinhas, Brotas, Horto, Engenho Velho da Federação, Acupe de Brotas, Engenho Velho de Brotas, Federação, Garcia, Tororó, Barris, Nazaré e Centro. Além disso, é possível realizar a integração com outros modais por meio do Salvador Card, como o Metrô e os ônibus convencionais. Ao todo, o BRT passará agora por 18 bairros da capital baiana.
O BRT de Salvador possui outras três linhas: a B1, que interliga a Rodoviária e a Estação Pituba via Av. ACM; a B2, que segue um trajeto similar, porém segue até a Praça Nossa Senhora da Luz, na orla da Pituba; e a B3, que sai da Rodoviária e vai até a Av. Manoel Dias da Silva, na orla da Pituba, passando por dentro do Caminho das Árvores e pela Av. Paulo VI e depois volta para a Rodoviária pela Av. ACM.
Com a operação integral, o BRT poderá ter até 14 linhas, além de maior número de ônibus, além dos 102 já previstos – 44 já no sistema e outros 58 com as três novas linhas.
Segundo Fabrizzio Muller, a B4 poderá ter mais serviços à medida que a operação for transcorrendo. “Nós vamos fazer ajustes operacionais de acordo com a demanda. Se, por exemplo, a gente observar que em determinado horário tem muita gente saindo da Lapa até a Pituba, então teremos esse serviço expresso. Vamos fazer os ajustes à medida que a operação for acontecendo, observando a demanda da população”, salientou.
O BRT de Salvador completou um ano de operação em 30 de setembro do ano passado, quando alcançou a marca de 5 milhões de passageiros transportados. O sistema é pioneiro no país no uso de ônibus elétricos e inaugurou em 2023 o maior terminal público de recarga elétrica de veículos do Brasil. Além de um projeto de transporte, a iniciativa contempla ainda intervenções de macrodrenagem, paisagismo, iluminação e abertura de áreas de lazer com quadras, parques infantis e a maior pista de skate da capital baiana.
