A Polícia Civil investiga a agressão de uma criança, ocorrida na última quinta-feira (25/04) dentro de uma escola particular no bairro de Cajazeiras em Salvador. Segundo apuração do Informe Baiano, a situação aconteceu após uma briga na sala de aula.
Nara Roberta, mãe do menino de 5 anos, usou as redes sociais para denunciar que seu filho foi agredido por colegas em um centro educacional, na última quinta-feira (25/04). De acordo com Nara, foi feita uma reunião na escola e ao questionar a coordenação sobre a situação de seu filho, foi dito que as agressões não ocorreram na instituição.
“Eu falei, e onde foi? Ela me disse, ‘ah, não sei. Você que sabe da rotina do seu filho’”, disse a mãe. Em conversa com o Informe Baiano (IB), a mulher afirmou que, após a reunião na escola, prestou queixa na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e Adolescente (DERCCA) e levou o filho para a realização do exame de corpo de delito.
Nara explicou que “na quinta-feira, quando ele desceu do ônibus, veio na condução escolar, no ônibus da própria escola. Quando ele chegou em casa, eu disse: “meu filho, o que é isso no seu rosto?” e ele já chorando, apavorado, com medo de me falar. Eu fui, sentei, conversei com ele, peguei as imagens dele, fiz as imagens dele, mandei para a escola, na mesma hora perguntando o que foi que tinha acontecido”.
Nara enviou fotos do filho em um grupo de mães de alunos e contou que a criança tinha chegado em casa com marcas pelo corpo. “Relataram o que aconteceu. As mães mandaram algumas crianças falando que tinha tido uma briga e que tinha machucado. Tem um áudio, em que uma menina fala que machucou o braço do menino todo e tal”, contou.
Nara perguntou novamente ao filho sobre as agressões: “Ele me disse que três coleguinhas tinham se juntado e batido nele”, desabafou. Minha indignação não é contra as coleguinhas, não é contra as crianças. Minha indignação é contra a escola, porque as imagens estão mostrando que não foi uma briguinha de criança, foi um espancamento, gente. Onde estava a escola? Onde estavam os adultos responsáveis? A professora? Alguém que estivesse na hora tomando conta dessas crianças, porque se aquilo aconteceu, as crianças tiveram um tempo de ficar sozinhas.
Ela questionou a negligência da escola e explicou que pediu apenas uma resolução para o problema, sem intenção de prejudicar alguém.
Em nota enviada ao IB, a escola disse que está ciente dos fatos recentes relacionados ao incidente com um dos estudantes. Disse ainda que já estão conduzindo uma apuração minuciosa para conhecer e esclarecer os fatos, bem como adotar as medidas que lhes competem.
“Nossa equipe criou uma força-tarefa assim que tomou conhecimento dos fatos, e está empenhada em analisar todas as imagens, registros e ouvir pessoas que eventualmente presenciaram os eventos, garantindo transparência e precisão nas informações, zelando pelo sigilo e segurança, em respeito a todos os envolvidos. Além disso, informamos que nosso corpo jurídico está envolvido no processo de averiguação e estará apto a fornecer maiores informações assim que devidamente esclarecidos os fatos, bem como se coloca à disposição das autoridades e dos envolvidos para prestar assistência e informações que vierem a ser requeridas, no curso das apurações”, finalizou a nota.