Servidores estaduais da Saúde iniciaram uma paralisação de 72h em toda a Bahia. O movimento foi iniciado na segunda-feira (13/05) e segue até quinta-feira (15/05). O motivo é a proposta enviada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para a Assembléia Legislativa da Bahia (ALBa) de reajuste linear de 4%, dividido em duas parcelas e sem retroativo.
Nesta quarta-feira (14/05), os trabalhadores fizeram um protesto na ALBa. Eles alegam que ocorreram inúmeras tentativas de diálogo com o Governo do Estado, sem sucesso.
“Convém lembrar que em 05 de fevereiro, o Sindsaúde Bahia já havia encaminhado ofício com a pauta dos servidores da saúde ao governo, reivindicando a abertura da mesa de negociação e uma ampliação no diálogo para que fossem tratadas as demandas urgentes. A Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado da Bahia – FESPEBAHIA enviou uma contraproposta de 10% de reajuste, com retroativo à data-base, ocorrida em 1º de janeiro, conforme a Lei 6.677/94 – Estatuto do Servidor”, pontua a categoria em nota enviada ao Informe Baiano.
O Sindsaúde Bahia afirma que o “impacto das perdas salariais na vida financeira do servidor público da saúde vem desde a gestão Rui Costa e amplia o arrocho salarial na atual gestão de Jerônimo Rodrigues”.
“Conforme dados fornecidos pelo Dieese, ocorreu o aumento na Alimentação de 87,55%; na água e esgoto de 102,34%; no botijão de gás de 159,77%; na energia elétrica de 137,05%; no transporte público de 78,50%; nos combustíveis de 79,30%; no plano de saúde de 112,70%; na educação de 77,44% (Inflação acumulada, itens selecionados Região Metropolitana de Salvador, janeiro de 2015 a dezembro de 2023). Muitos servidores estão endividados e sem perspectiva de melhora. Com essa proposta, o Governo do Estado desencadeou uma onda de protestos nas redes sociais e nas unidades em toda a Bahia, contra a postura do governador, que é servidor da Universidade Estadual de Feira de Santana e trabalhou no Movimento de Organização Comunitária – MOC, onde defendia direitos sociais importantes e uma vida digna para os trabalhadores da agricultura familiar”.
“Com tanto descaso e acúmulo de perdas salariais, os servidores públicos da Saúde realizarão uma paralisação de 72 horas, com indicativo de greve, nos dias 13, 14 e 15 de maio, com a seguinte programação de mobilizações: 13 de maio, às 9h, na ALBA; no dia 14 de maio, intenso ATO na ALBA, com início às 9h; no dia 15 de maio, às 8h, no Shopping da Bahia”, finaliza o comunicado.