O secretário da Fazenda de Lauro de Freitas, Ricardo Góis, afirmou nesta segunda-feira (07/04), em entrevista ao Informe Baiano, que a cidade ainda vive uma grave crise financeira. A declaração ocorre exatamente no dia em que vence o prazo de 90 dias do Decreto nº 5.432, assinado pela prefeita Débora Régis (União) em 7 de janeiro de 2025.
Publicado no Diário Oficial do Município (DOM) daquela quarta-feira, o decreto revelou um cenário crítico para a nova gestão. Entre os principais problemas apontados estavam a falta de recursos para pagar a folha salarial de dezembro de 2024, estimada em cerca de R$ 42 milhões, além de dívidas de curto prazo superiores a R$ 150 milhões e pendências previdenciárias acima de R$ 50 milhões, acumuladas desde setembro do ano passado.
Segundo Góis, a decisão sobre a renovação do decreto cabe exclusivamente à prefeita, mas a situação continua alarmante. “O município ainda tem o nome sujo na praça”, afirmou o secretário, ao destacar que Lauro de Freitas segue sem CAPAG e inscrita no Calque, o que impede a captação de recursos estaduais e federais.
Ele também revelou que, mesmo após três meses de gestão, a equipe ainda se depara com novas dívidas inesperadas. “Somos surpreendidos com mais contas sem pagar”, disse. Ainda segundo Góis, o primeiro ano será de extrema dificuldade, mas a meta da gestão é recuperar o equilíbrio fiscal e resgatar a capacidade de investimento do município.
“O equilíbrio vem como produto de uma transformação em termos de responsabilidade fiscal, gastar com aquilo que é extremamente necessário”, concluiu o secretário.