Um relatório da Corregedoria Geral da Justiça da Bahia revelou sérias irregularidades no Conjunto Penal de Itabuna. A inspeção, realizada em janeiro e divulgada nesta sexta-feira (11), identificou superlotação, falhas na segurança, tratamento privilegiado a detentos e até um plano de resgate armado por uma facção criminosa.
A unidade abriga 822 presos, apesar da capacidade ser de 670. A segurança é precária: apenas um policial penal e 268 monitores atuam em 117 celas.
O documento também denuncia uma promotor, responsável pelo projeto de remição de pena por leitura (RELERE), por favorecer presos seletivamente — inclusive um líder do tráfico. Ela teria autorizado refeições especiais, interferido em rotinas internas e tentado permitir a entrada irregular de um menor no presídio.
Um dos presos revelou ainda um plano de invasão armado com fuzis e pistolas para resgatar traficantes de alta periculosidade, com possível ação coordenada entre facções e ramificações em outros estados.