A prefeita de Ibicaraí, Monalisa Tavares (União Brasil), avaliou com cautela sua participação na XXVI Marcha em Defesa dos Municípios, que ocorre esta semana em Brasília. Em seu quinto ano consecutivo presente no evento, ela destacou a importância da mobilização, mas demonstrou frustração com a ausência de respostas concretas sobre a PEC 66, que trata da renegociação de dívidas dos municípios com o INSS.
“Essa PEC é uma questão de sobrevivência, especialmente para municípios pequenos como o meu. Saio um pouco desanimada, esperava uma sinalização mais firme do presidente. Mas vamos continuar lutando, unidos, principalmente nós, da Bahia”, afirmou a gestora.
Aliada histórica do grupo de ACM Neto, Monalisa reafirmou sua permanência no União Brasil — agora União Progressista — e avaliou o cenário político estadual como “incerto”, apontando desgaste do atual governo do PT na Bahia. “Pela primeira vez vemos um governador petista com mais de 40% de rejeição. A população esperava mais. Meu compromisso segue com meu grupo, com meus deputados que ajudam na administração do município”, declarou.
A prefeita também fez críticas ao governo federal, citando o impacto da inflação, dos altos impostos e da instabilidade no repasse de emendas para as prefeituras. “A população esperava uma realidade diferente. Hoje estamos meio órfãos, à mercê dessas questões que afetam diretamente quem mais precisa. O governo precisa olhar com mais cuidado para os municípios menores. A reforma tributária tem que sair do papel e beneficiar quem está na ponta, que são as pequenas cidades”, concluiu.