A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil), defensora da causa animal, voltou a se manifestar contra o abate de jumentos na Bahia. Diante do agravamento da situação, ela classificou a prática como um crime ambiental e moral que precisa ser enfrentado com urgência.
“Estamos diante de um massacre disfarçado de comércio. É uma crueldade institucionalizada que envergonha a Bahia e expõe a omissão dos órgãos de fiscalização. O jumento é símbolo da resistência nordestina e não pode ser tratado como resíduo da indústria. É urgente proibir o abate, responsabilizar os envolvidos e garantir políticas sérias de proteção e preservação da espécie”, afirmou a parlamentar.
Marcelle também cobrou atuação do Ministério Público, do Governo do Estado e da União diante das denúncias sobre transporte irregular, maus-tratos, violação das normas sanitárias e atuação clandestina de frigoríficos. “A Bahia não pode continuar sendo o epicentro dessa barbárie. Não vou me calar enquanto essa violência for tratada com naturalidade”, completou.
Dados oficiais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mostram que, entre 2018 e 2024, cerca de 248 mil jumentos foram abatidos no país, com a Bahia liderando o ranking nacional tanto em número de abates quanto no risco à sobrevivência da espécie. A redução populacional da espécie chegou a 94% em território nacional, segundo o levantamento.