Na manhã desta quarta-feira (16/07), familiares de presos realizaram um protesto em frente ao Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. O grupo, formado em sua maioria por mulheres, cobrou melhorias nas condições das unidades prisionais e denunciou supostas falhas no atendimento médico aos detentos.
Com faixas e cartazes, as manifestantes apontaram situações como falta de colchões, alimentação inadequada e ausência de assistência médica. Uma das principais queixas foi em relação à morte de Rafael Ribeiro dos Santos, conhecido como “Fuscão”, que teria sofrido um infarto no último dia 7 de julho, dentro do Conjunto Penal Masculino da capital, mais conhecido como Lemos de Brito. A causa da morte ainda será confirmada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Segundo relatos de parentes, o sistema penitenciário está em situação precária. Elas também reclamaram da suspensão das visitas, o que foi negado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que afirmou que os encontros com os internos seguem normalmente.
A Seap informou, por meio de nota, que todas as sete unidades do Complexo da Mata Escura possuem postos médicos e que há uma Central Médica funcionando 24h, com 16 médicos e 9 enfermeiros. Somente este ano, a pasta registrou mais de 1.100 atendimentos. A secretaria também ressaltou que não há registros de negligência nos atendimentos e que a alimentação servida nas unidades é fiscalizada por uma comissão de nutricionistas.
Ainda de acordo com informações, em dezembro de 2024, dois internos morreram após passarem mal dentro de uma cela. Eles teriam feito uso de substâncias dentro do presídio. A Justiça determinou, em junho deste ano, a interdição temporária da cozinha da penitenciária Lemos de Brito, após laudos da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros apontarem diversas irregularidades.