Uma nova pesquisa divulgada em julho de 2025, pelo Paraná Pesquisas, acendeu o sinal de alerta no núcleo do governo da Bahia. De acordo com o levantamento, 55,3% dos eleitores baianos acreditam que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) não merece ser reeleito. O dado é um dos mais duros já registrados contra o atual chefe do Executivo estadual desde que assumiu o cargo.
Apenas 37,6% dos entrevistados disseram que Jerônimo merece continuar no governo após 2026, enquanto 7,1% não souberam ou preferiram não opinar. A pesquisa foi realizada com 1.620 eleitores de diferentes faixas etárias, níveis de escolaridade e regiões da Bahia, o que torna o resultado um forte indicativo da perda de capital político do governador.
Os números revelam que o desgaste da imagem de Jerônimo é transversal, afetando todas as faixas etárias e perfis de eleitores. Entre os jovens de 16 a 24 anos, por exemplo, 60,8% consideram que ele não deve ser reeleito — o pior índice entre todos os recortes etários.
No grupo de 25 a 34 anos, 54,7% também rejeitam a continuidade do governador, enquanto entre os eleitores com ensino médio completo, a desaprovação chega a 59,4%. Entre os que possuem nível superior, 57,1% rejeitam a reeleição.
Mulheres estão mais divididas; homens rejeitam com mais intensidade
A pesquisa também mostra que as mulheres estão menos inclinadas a rejeitar Jerônimo do que os homens: 51,2% das mulheres não querem a reeleição, contra 59,9% dos homens. Ainda assim, a maioria feminina também demonstra insatisfação com a atual gestão.
Religiosidade e rejeição caminham juntas
O estudo também trouxe um recorte curioso sobre religiosidade. Entre os que participaram de alguma celebração religiosa nos últimos dez dias, 57,1% disseram que Jerônimo não merece ser reeleito, mostrando que mesmo setores tradicionalmente mais conservadores e que já demonstraram simpatia pelo PT estão em rota de colisão com o atual governo estadual.
A queda de popularidade de Jerônimo na Bahia acontece em meio ao momento mais delicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado. Conforme outra pesquisa recente, Lula já enfrenta uma desaprovação de 47,3% na Bahia, um número inédito para o petista em um dos seus principais redutos eleitorais.
A combinação desses fatores reforça a percepção de que o eleitorado baiano está mais crítico e menos paciente com a condução dos governos estadual e federal, especialmente diante de temas sensíveis como segurança pública, desigualdade social e falta de investimentos estruturantes.
Desaprovação de Lula atinge 47% na Bahia e reduto começa a ruir