Para reduzir o risco de sua carteira de crédito e se enquadrar nas novas regras prudenciais do setor financeiro, que entram em vigor em 2018, a Caixa Econômica Federal precisa elevar, com urgência, o capital próprio. Caso contrário, o banco terá de reduzir o volume total de financiamentos. Por isso, a instituição decidiu recorrer ao Conselho Curador do FGTS. Sem poder contar com a tradicional fonte de ajuda, os aportes do Tesouro Nacional, o banco pediu um empréstimo de R$ 10 bilhões ao Conselho Curador, sem prazo de pagamento e na categoria de dívida subordinada. Isso significa que, em caso de falência, o Fundo dos trabalhadores seria o último a receber. Outra possibilidade para a Caixa seria vender ativos de risco para o BNDES.
De acordo com a proposta apresentada ao grupo técnico do Conselho Curador esta semana, a Caixa se compromete a pagar anualmente ao Fundo só os juros, calculados com base na Selic (hoje em 8,25% ao ano) mais 1,20%. O pedido depende de parecer jurídico e deverá ser apresentado aos conselheiros no início de dezembro.
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