Indignado com o corte de parte do bambuzal do Aeroporto de Salvador em uma ação ilegal da CCR Metrô, o secretário municipal de Cidade Sustentável, André Fraga (PV), fez um desabafo nas redes sociais na manhã deste sábado (20).
“Não basta abandonar os parques de Pituaçu e Abaeté. Não basta despejar esgoto nas nossas praias. O Governo do Estado agora quer destruir um elemento simbólico da nossa cidade. É a velha mentalidade desenvolvimentista do século 19. Seguem ainda ignorando e desrespeitando o município, licenciando uma intervenção como essa pelo Inema, que hoje só faz carimbar as vontades do Governador. Qual será a compensação? Não havia alternativa locacional? Onde estão os arquitetos, ONGs, e “defensores da cidade”, que se levantam ao menor projeto da prefeitura, agora?”, questionou o verde.
Empresa pode levar multa de até R$5 milhões
Em nota divulgada na manhã deste sábado (20), o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo, Sérgio Guanabara, informou que a CCR Metrô já foi notificada a “paralisar imediatamente o desmatamento irregular e ilegal” do bambual que fica na entrada do Aeroporto Luis Eduardo Magalhães, considerada uma das mais belas do mundo. A concessionária foi autuada e multada pela supressão de parte da vegetação do local. De acordo com a Sedur, o valor é o maior estabelecida pela legislação e pode chegar a R$ 5 milhões, após análise de toda a documentação que terá de ser apresentada pela CCR.
Ainda segundo o órgão, a decisão de “erradicar o bambuzal foi tomada pelo Governo do Estado” em uma tentativa de driblar a legislação, pois a CCR pediu uma autorização ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) – órgão do governo estadual – para cortar o bambual. O correto seria pedir a autorização a Prefeitura de Salvador.