Muitos amantes do MMA encararam com revolta e ao mesmo tempo frustração, o anúncio do UFC, o maior evento de artes marciais do mundo, da luta entre Michael Bisping e Georges St-Pierre valendo pelo título dos meio médios. A expectativa era grande para ver Ronaldo “Jacaré” Souza na disputa, porém, o jiujiteiro foi preterido mais uma vez, demonstrando falta de respeito com o profissional e o público brasileiro. Apesar do confronto ser o retorno de St-Pierre ao octógono após três anos e o canadense ser uma referência, pois foi campeão dos médios por anos, a decisão não é plausível.
Jacaré venceu os melhores e sofreu apenas um revés, cuja decisão em favor de Yoel Romero foi contestada por especialistas. Além disso, mais tarde o cubano foi pego no exame antidopping. Vale lembrar, que o “casca grossa” brasileiro já havia sido descartado anteriormente em pelo menos três ocasiões: uma em favor de Luke Hockhold, outra por Anderson Silva e a terceira para Dan Henderson. Ou seja, é a quarta frustração. E porque isso? O UFC não quer ver um brasileiro novamente campeão dos meio-médios? Qual o critério para disputar um cinturão? Não é vencer e fazer boas apresentações? Se sim, os resultados de Jacaré são mais que suficientes. Ganhou de Vitor Belfort, Chris Camozzi, Gegard Mousasi, Francis Carmont e Tim Boetsch.
O capixaba de 37 anos também já foi campeão do Strikeforce. Só esse status já seria suficiente para colocá-lo na disputa, mas infelizmente o UFC recusa o bom combate.
Por Ramon Margiolle