A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) divulgou hoje, sexta-feira, (24), que o veto presidencial à prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia terá impacto direto no aumento das tarifas de ônibus em todo o país.
De acordo com a NTU, o benefício fiscal atualmente em vigor representa uma redução significativa de 6,78% nos custos totais do transporte público. Com a ausência desse estímulo, as empresas enfrentarão a necessidade de repassar essas despesas para as tarifas, resultando em um acréscimo médio de R$ 0,31 em nível nacional. Considerando que a tarifa média atual gira em torno de R$ 4,60, o valor pode ultrapassar R$ 4,91 em virtude do veto.
A entidade também expressou preocupação com os potenciais impactos sobre os empregos no setor, alertando que os 328 mil empregos diretos vinculados a essa atividade podem estar em risco. A NTU ressalta que a medida ocorre em um momento desafiador para o setor, que ainda se recupera dos efeitos devastadores da pandemia, que resultaram em perdas acumuladas de R$ 36 bilhões nos últimos três anos. A combinação desses desafios com o veto aumenta a vulnerabilidade desses postos de trabalho.
Em comunicado, a NTU reafirma sua posição a favor da continuidade da desoneração, argumentando que essa medida é crucial para manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e assegurar tarifas acessíveis aos passageiros. Além disso, a prorrogação é vista como fundamental para contribuir com a recuperação das empresas operadoras neste período pós-pandemia.