O vereador Daniel Alves (PSDB) classificou como “lamentável” a invasão da Câmara Municipal de Salvador, ocorrida durante a sessão plenária desta quinta-feira (22). Segundo ele, o ato foi liderado por sindicalistas e contou com a participação direta do deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), além de Kleber Rosa, coordenador da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), e Elza Melo, diretora da APLB Sindicato.
“Manifestantes criminosos invadiram a Câmara. Alguns deles, segundo a própria Polícia Militar, estavam armados. Entraram agredindo vereadores, deram murros, morderam… O vereador Sidninho, inclusive, vai registrar boletim de ocorrência”, afirmou Daniel Alves durante entrevista.
O vereador destacou que a liderança do ato foi visivelmente conduzida por Hilton Coelho, Kleber Rosa e Elza Melo. “Foi tudo liderado, claramente, por Hilton, Kleber e Elza da APLB. Em alguns momentos, eles diziam que, se votasse hoje, seria pior. Isso, pra mim, é uma clara ameaça”, disparou.
Daniel também ressaltou que, durante o tumulto, apenas Elza Melo e Everaldo, representante do Sindseps, entraram para negociar com os vereadores. Ainda segundo ele, foi Elza quem fez as ameaças mais diretas, ao afirmar que “se votasse hoje, seria pior”.
Apesar do clima de tensão, Daniel fez questão de elogiar a postura dos policiais militares presentes, que, segundo ele, não revidaram às agressões físicas cometidas pelos manifestantes. “Os policiais foram empurrados, agredidos, mas agiram com equilíbrio e não revidaram”, ressaltou.
A confusão teve início durante a discussão do projeto de lei que trata do reajuste salarial dos servidores municipais, com foco nos professores da rede pública. Com a situação fora de controle, a Mesa Diretora decidiu transferir a votação do plenário para a sala de comissões da Câmara.
“Levamos a votação para a sala de comissões. Lá, nós votamos e aprovamos o projeto. Depois, só tenho a agradecer à Polícia Militar e à Casa Militar da Câmara, que deram todo suporte para que a gente pudesse continuar o processo democrático”, concluiu Daniel Alves.