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Juros sobem com riscos à reforma da Previdência, apesar de otimismo no exterior

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O risco de atraso na tramitação da reforma da Previdência põe os juros futuros em alta nesta sexta-feira, 12, acompanhando o dólar. O ajuste é amenizado pelo exterior positivo, com as moedas emergentes e ligadas a commodities em alta, após a elevação acima da esperada das exportações na China, que se contrapõe aos recentes temores de desacelaração da segundo maior economia do mundo. As exportações da China cresceram 14,2% em março ante março de 2018, bem acima da previsão de alta de 8,7%.

Sobre a reforma da Previdência, o Centrão, cumprindo a ameaça de obstruir o andamento da proposta, deve conseguir colocar a proposta do Orçamento impositivo na frente.

O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), admitiu na quinta-feira que deve pautar o texto que carimba valores maiores para emendas parlamentares de bancada antes de discutir a reforma, e disse ter o apoio do governo para isso. Francischini escolheu o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) como relator da PEC do Orçamento impositivo. Aguinaldo deve emitir o parecer de admissibilidade do texto já na segunda-feira (15), quando também haveria a votação na CCJ.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por sua vez, enviou para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a proposta de emenda à Constituição que trata da reforma tributária apresentada pelo líder do MDB, Baleia Rossi (SP), na semana passada. Cabe agora ao presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), definir um relator para a matéria e pautá-la na comissão.

Também pode ser vista como negativa a decisão da Petrobras de voltou atrás ontem à noite e manter “por mais alguns dias” o preço praticado desde 26 de março. “A ‘interferência’ na política de preços da Petrobras é fator bastante negativo e que pode levar a uma correção nos ativos locais. Movimento externo pode amenizar parte dessa piora”, avalia o operador de renda fixa Luis Felipe Laudisio dos Santos, da Renascença DTVM, em nota a clientes.

Outra notícia que deve sustentar a cautela é a de que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou um parecer ao Supremo Tribunal Federal com base em laudo da Polícia Federal que aponta pagamento de propina da Odebrecht no valor de R$ 1,4 milhão para codinomes que se referem ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a seu pai, o vereador César Maia (DEM-RJ). Maia teve vários atritos recentemente com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Nesse ambiente, o resultado do setor de serviços fica em segundo plano. O volume de serviços prestados encolheu 0,4% em fevereiro contra janeiro deste ano, na série com ajuste sazonal. O resultado veio pior que a mediana (-0,10%) estimada pelos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,6% a avanço de 0,7%.

No mês anterior, o resultado foi revisto de uma queda de 0,3% para recuo de 0,4%. Já na comparação anual, contra fevereiro de 2018, o volume de serviços subiu 3,8%, o resultado mais elevado desde fevereiro de 2014, quando o índice atingiu 7%. O dado veio também abaixo da mediana das projeções (4,2%), mas dentro do intervalo das estimativas, de 1,4% a 5,1%.

Na agenda do dia, o mercado monitora pela manhã o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participam de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial e de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, em Washington.

Às 9h53, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 7,16%, de 7,13% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 indicava 8,78%, de 8,73% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar à vista subia 0,34%, aos R$ 3,8695. O dólar futuro para maio avançava 0,30%, aos R$ 3,8730.