Em maio de 2020, os casos de feminicídio na Bahia cresceram 150% em relação ao mesmo mês em 2019. Segundo o relatório “Violência Doméstica Durante a Pandemia de Covid19”, os casos de feminicídio cresceram 22,2% em 12 estados brasileiros entre março e abril deste ano. “Esses números são reflexos de uma realidade que as mulheres lidam constantemente: relacionamentos abusivos”, declara a vereadora Aladilce Souza (PCdoB).
Conforme a edil, “o caso de Sáttia Lorena Patrocínio, supostamente jogada do quinto andar de um prédio pelo marido”, reitera a discussão”.
“Lorena é mais uma vítima de relacionamento abusivo, provocado pelo machismo e misoginia, situação que as mulheres ainda enfrentam. Os casos de violência doméstica têm aumentado durante a pandemia, e ainda precisamos lembrar que os números são subnotificados. A violência, então, é maior do que se pensa”, explica.
Em suas redes sociais, Aladilce já discutiu sobre a agressão à mulher em tempos de pandemia, em live com a secretária Julieta Palmeira. O respeito à mulher e a luta contra o machismo também são pautas constantemente discutidas pela edil, autora do Projeto de Lei 47/2019 que pune indivíduos que assediem ou exponham mulheres em ambientes públicos, o qual segue aguardando sanção do prefeito.
“Eu espero, primeiramente, que Lorena saia viva e com saúde dessa barbaridade, e que se consiga fazer justiça. Chega de impunidade”, comenta Aladilce. “Casos como esse também servem para reflexão da sociedade: o machismo mata. É preciso mudar essa atitude em relação às mulheres, pois temos o direito de viver plenamente sem sermos violentadas e mortas”, salienta a vereadora. “Em briga de marido e mulher, quem não “mete a colher” é cúmplice da agressão”, finaliza.
