Entre os conduzidos na Operação Retomada que tenta elucidar o duplo homicídio de Bruno e Yan Barros da Silva está um ex-funcionário que estava no bairro da Caixa d’Água, em Salvador. O homem trabalhou no estabelecimento por indicação do gerente, namora com uma funcionária e é morador de Amaralina. O caso foi denunciado em primeira mão pelo Informe Baiano logo após o crime bárbaro (veja aqui e aqui).
Conforme a fonte do IB, primeiro foi preso no Nordeste de Amaralina um suspeito. Em seguida, os policiais estiveram na Caixa d’Água, onde localizaram “Vitor”. A operação ocorreu também no Nordeste de Amaralina, Mata Escura, Fazenda Coutos e no município de Conceição de Jacuípe. Foram presos ainda um integrante do Comando Vermelho e um segurança do Atakarejo. Os quatro detidos teriam participação direta no duplo homicídio.
A fonte do IB indica que o gerente foi o responsável por acionar traficantes e também “Vitor”. Esse último não teria participação com o grupo criminoso que executou as vítimas, mas saiu da residência “por curiosidade” para ver o que estava acontecendo e contribuiu com a agressão contra Bruno e Yan.
O espancamento começou dentro do supermercado e os dois foram levados, inicialmente, para a localidade do Areal, onde ocorreu a tortura. Uma outra fonte do IB contou que as vítimas ainda foram obrigadas a fazer sexo oral. Logo depois, traficantes do CV levaram Bruno e Yan para o Boqueirão. Nesse terceiro local, houve as execuções e as vítimas foram colocadas no porta-malas de um carro. Por fim, o veículo e os corpos foram abandonados na Polêmica de Brotas.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que além das ordens de prisão, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em residências e também no estabelecimento comercial.
“Aqui no supermercado estamos colhendo provas através de computadores, documentos, entre outros eletrônicos”, explicou a delegada responsável pela investigação, Zaira Pimentel.
Participam da operação equipes dis Departamentos de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), de Inteligência Policial (DIP), de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), de Polícia Metropolitana (Depom), além da Coordenação de Operações da Polícia Civil, da Coordenações de Operações Especiais (COE), do Graer da Rondesp Atlântico, 40a CIPM, SI da SSP e DPT.
Não foi a primeira vez: novas revelações sobre duplo homicídio do Atakarejo
Gerente de supermercado entrega suspeitos de roubo para traficantes do Boqueirão
Foto mostra jovens negros detidos no Atakarejo antes de serem “entregues” para facção