Rodoviários começaram uma paralisação de 24 horas na Região Metropolitana de Salvador, na manhã desta quarta-feira (08/92). Eles afirmam que a medida foi tomada por falta de repasse da PEC das empresas, processo que inclui o pagamento da rescisão de duas empresas de transportes que atuavam na RMS e fecharam.
Os ônibus do sistema metropolitano não saíram das garagens e os pontos da região ficaram lotados nas primeiras horas do dia.
Três milhões de passageiros são transportados diariamente por 339 ônibus de sete empresas, que circulam pelos municípios de Camaçari, Candeias, Dias d’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz.
A prefeitura de Lauro de Freitas informou que o transporte municipal foi reforçado a partir das 5h. O reforço foi divulgado após os rodoviários do sistema anunciarem a paralisação. Além disso, a prefeita Moema Gramacho terá uma reunião com o representante dos rodoviários ainda hoje.
“É um dinheiro do governo federal que foi destinado para as empresas que estão colapsadas. As empresas precisam receber esse dinheiro. Parte desse dinheiro as empresas que faliram já deram os créditos para pagar as rescisões dos trabalhadores que estão sem receber”, disse o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do Transporte Metropolitano de Salvador, Mário Cleber. Ele também afirma que um valor de R$ 36 milhões foi depositado nas contas do Governo da Bahia em outubro do ano passado, mas não foi repassado até o momento.
A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) não se posicionou sobre a situação.