A Embasa anunciou uma proposta que pode beneficiar a vida de diversas famílias de baixa renda: a doação de reservatórios de água e a criação de uma nova tarifa social mais barata que a já existente. No Dia Mundial da Água, durante o lançamento do edital de requalificação do Parque do Abaeté, o presidente da companhia, Leonardo Góes, abordou questões sobre a distribuição e a falta de água em determinados períodos nos bairros de Salvador.
Em uma entrevista ao Informe Baiano, ele indicou que uma nova política de preços está sendo elaborada e planejada para apresentação ao governador. “Dentro do conjunto dessa política, da nova tarifa, a gente está estudando também a possibilidade de, em alguns casos, fornecer para famílias vulneráveis alguma possibilidade de reservação”, anunciou.
A distribuição de tanques de reserva visa garantir uma reserva hídrica mínima para esses lares em momentos de escassez.
“Uma família com três pessoas consome em torno de 300 a 400 litros por dia, ou até 500, o que significa um tanque de 500 litros já garantindo o mínimo. Mil litros já são suficientes para uma família pequena, que é a maioria, de três ou quatro pessoas. Então, um tanque de mil litros, mais ou menos, é o necessário para ter uma reserva em períodos de abastecimento ou mesmo de interrupção”, disse Góes.
Sobre a tarifa social, o representante da Embasa diz que será “simbólica” e direcionada a famílias que não podem pagar o valor regular, mesmo que subsidiada.
“A gente já tem uma tarifa social, que é uma tarifa já subsidiada, para aquela família mais desfavorecida do ponto econômico, mas há uma classe ainda dentro dessa pobreza que é extremamente pobre. Tem gente que gostaria de poder pagar sua conta de água mas não tem condições. Para um catador de rua, uma pessoa que pede no sinal, R$ 14 que a nossa tarifa social, são três quilos de feijão a depender do preço. Então ele está disputando ali com a segurança alimentar dele”, disse Góes. Ele não informou o preço da nova tarifa.
Durante a entrevista, o presidente também ressaltou a importância da conscientização. Góes destacou a necessidade de garantir o acesso à água potável, especialmente durante os períodos mais quentes do ano, quando o consumo e a pressão sobre os sistemas de abastecimento aumentam significativamente.
