Uma professora de 63 anos foi alvo de um esquema de estelionato em Eunápolis, extremo sul da Bahia, e sofreu um prejuízo superior a 100 mil reais. A vítima foi enganada por criminosos que se passaram por funcionários do setor de segurança do banco onde ela possui conta.
O golpe teve início com ligações amistosas. Os estelionatários alegaram que estavam tentando impedir operações fraudulentas supostamente detectadas na conta da professora. No entanto, à medida que a conversa avançava, o tom mudou: os golpistas começaram a mencionar dados pessoais detalhados da vítima, incluindo endereço, hábitos e locais que frequentava, intensificando a pressão psicológica com ameaças de morte.
Sob coação, a mulher realizou diversas transferências via Pix para contas indicadas pelos criminosos. Quando já não havia mais saldo disponível, ela foi manipulada a contratar empréstimos consignados em diferentes instituições financeiras, ampliando ainda mais o prejuízo.
O esquema só foi interrompido quando uma funcionária bancária percebeu algo errado durante uma tentativa de nova transação. Ao ser abordada, a professora contou que estava sendo forçada a fazer os pagamentos. A colaboradora então orientou a cliente a procurar a polícia.
As investigações da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos revelaram que quatro contas bancárias diferentes receberam os valores transferidos. Todas pertencem a pessoas domiciliadas no Rio de Janeiro. Um dos titulares dessas contas, inclusive, já possui mandado de prisão em aberto por estelionato.
