Os presos por conta ataques ao Planácio, em Brasília, onde ficam localizados os três poderes, deveriam ser perdoados e liberados? Para 31% dos entrevistados do Datafolha, a reposta é sim.
A destruição do Congresso Federal no dia 8 de janeiro de 2023 já completou um ano e, até agora, 145 pessoas foram condenadas a penas que vão de 3 a 17 anos de prisão. Cerca de 63% acham que eles devem continuar lá para cumprir a pena, enquanto 2% se dizem indiferentes e 4% que não opinaram.
Desde o evento, houve mais de mil prisões, que geraram cerca de 1.400 denúncias. Um dos presos, o comerciante Cleriston Pereira da Cunha, 46 anos, nascido na Bahia, morreu na cadeia esperando julgamento, gerando acusações de maus-tratos por parte de bolsonaristas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu pela anistia em um ato em São Paulo, no dia 25 de fevereiro. Conforme a Folha de S. Paulo, mais da metade dos bolsonaristas (53%) preferem que os acusados continuem presos, junto com 71% dos votantes petistas e 53% dos bolsonaristas.
Segundo o Datafolha, se dizem a favor da anistia 40% dos eleitores de Bolsonaro no segundo turno de 2022, ante 25% dos de Lula.
Mesmo entre segmentos que costumam se alinhar ao bolsonarismo, não surgem discrepâncias muito grandes. Para 59% dos evangélicos, por exemplo, o perdão não deve ser concedida, ante 33% que a defendem.
Os números foram aferidos nos dias 19 e 20 de março com 2.002 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.